sábado, 27 de novembro de 2010

Mais petróleo na Amazônia

Descoberta da Petrobras torna região ainda mais vulnerável à cobiça internacional

Por Luciene Braga

Rio - A Petrobras anunciou ontem mais uma descoberta de petróleo e gás fora do eixo Rio de Janeiro-Espírito Santo. Dessa vez, a petrolífera confirmou a existência de reservas na Amazônia, região cobiçada internacionalmente não só pelas riquezas ambientais como minerais. O comunicado da estatal traz de volta a polêmica da internacionalização da região que cada vez mais atrai os olhos do mundo inteiro. Com ela, as preocupações com segurança e soberania.

Segundo o engenheiro Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), a qualidade do óleo encontrado é excelente. “Outro fato bastante interessante é que a reserva fica a 30 Km de Urucu, outra unidade de produção da companhia, o que vai facilitar muito a produção em termos de logística”, comemorou. Mas ele acrescenta que a descoberta reacende preocupação com a cobiça internacional.

“A grande cobiça em relação à Amazônia está assentada sobre três coisas: biodiversidade, jazidas de minérios estratégicos e biomassa”, avalia. A Amazônia é o local que mais tem terra, água e sol, componentes para gerar biomassa que substituirá o petróleo no futuro. O especialista explica que o mundo tem interesse na substituição do petróleo por outros combustíveis renováveis.

“Como o petróleo está acabando, porque nós estamos no limiar da produção, há potências sem reservas petrolíferas, em situação de insegurança energética dramática. O pré-sal não resolve o problema delas, porque representa até 9% das reservas mundiais. Eles querem ainda o substituto: a biomassa”, alerta. De acordo com ele, a cobiça tende a crescer a partir do anúncio desta descoberta.

Outro interesse na internacionalização da Amazônia vem das reservas de nióbio. A região é a maior fonte do planeta deste minério que é um importante componente da indústria espacial. “Coincidentemente, as reservas de nióbio ficam exatamente debaixo das reservas indígenas, que organizações não governamentais querem transformar em nações independentes. Independentes entre aspas. Tanto como as colônias e, certamente, submetidas ao domínio intercional”, avalia o presidente da Aepet.

Qualidade acima do pré-sal

A Petrobras anunciou que os primeiros dados do Teste de Longa Duração iniciado em setembro no poço Igarapé Chibata confirmam a descoberta de nova acumulação de óleo leve (46° API) e gás natural no Município de Tefé (AM), a 630 km de Manaus e a 32 km da Província Petrolífera de Urucu. A Petrobras detém 100% de participação dos direitos de exploração e produção do poço, que fica na Bacia do Rio Solimões.

Para se ter ideia da qualidade do petróleo encontrado no Amazonas, o Grau API é uma escala hidrométrica do American Petroleum Institute (API). Pela metodologia utilizada para medir a densidade, o petróleo leve é o de maior qualidade. Para ser considerado leve, essa padronização determina que o grau seja superior a 31,1.

A elevada pontuação na escala utilizada internacionalmente demonstra que o óleo de Igarapé Chibata é superior ao de Tupi, no pré-sal, que tem 28º API, e ao dos golfos Pérsico e do México, além do Mar do Norte, que registram entre 38° e 40°. O poço tem capacidade de produzir 2.500 barris de óleo diários, o que é considerado excelente nesse tipo de bacia no Brasil — país que hoje concentra sua produção em alto mar.

Mais gás e energia na Região Norte

Patinho feio dos sistemas de energia no País, a Região Norte entrou em nova fase. A Petrobras comemorou ontem, com a presença do presidente Lula, o início da geração de energia elétrica com gás natural.

As termelétricas Tambaqui (95 MW), Jaraqui (76 MW) e Manauara (85 MW), em Manaus, fazem parte do parque termelétrico da Petrobras e vão operar com gás. A capacidade instalada é de 256 MW.

Fonte: O Dia

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Entre os dias 09 e 11 de dezembro, Macaé sediará oII Workshop Brasileiro de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo. . O evento acontecerá no Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo da Universidade Estadual Norte Fluminense (LENEP/UENF), onde serão ministrados mini-cursos inovadores para atender à demanda da indústria e da universidade.

A primeira edição deste evento ocorreu em 2008 e ganhou o respeito dos profissionais da indústria offshore tendo mais de 1000 inscritos em diferentes mini-cursos na área de E&P de Petróleo.

Com o apoio das empresas de Macaé, o workshop de caráter técnico-científico é destinado aos alunos e profissionais da área de Petróleo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Petrobras prevê concurso para o ano que vem e 6 mil vagas até 2013

Cargos serão de nível médio e superior, com salários de até R$ 5,7 mil. Maior demanda é para engenheiros, geólogos, geofísicos e técnicos.

A Petrobras abrirá concurso público no ano que vem, afirma o gerente de gestão de efetivo, Lairton Correa. De acordo com ele, a previsão é de que aproximadamente 6 mil novos empregados sejam contratados até 2013 por meio de concursos. A empresa tem atualmente cerca de 58 mil funcionários – em 2013 projeta chegar a 64 mil.

Confira lista de concursos e oportunidades

Os cargos na estatal são de nível médio e superior (veja a lista completa ao fim da reportagem). Os salários variam de R$ 1.647,19 a R$ 5.685,07. Além do salário-base, a empresa oferece participação nos lucros, previdência complementar, benefícios educacionais para filhos de empregados (da creche ao ensino médio) e plano de saúde (médico, odontológico, psicoterápico e benefício farmácia).

“O RH [departamento de recursos humanos] trabalha estreitamente com o planejamento estratégico da Petrobras, vê o efetivo existente e o efetivo necessário. À medida que a necessidade de cada área vai sendo atendida, novos processos seletivos são abertos”, explica Correa.

Sobre o concurso de 2011, o gerente não informou em qual mês deve ser lançado o edital e nem o número de vagas. “Neste momento o RH está consolidando as necessidades de cada área, cargo a cargo, localidade por localidade, levando em conta cada unidade da Petrobras. Aí faz novo processo seletivo, move empregados experientes para as atividades novas, e supre [as vagas que ficaram abertas] com o pessoal que está chegando”.

De acordo com Correa, as novas contratações têm a ver com as novas descobertas do pré-sal, reposição de pessoas que saem da empresa e abertura de novas unidades, principalmente refinarias.

Os cargos com maior demanda de vagas atualmente são engenheiros (equipamentos, petróleo, processamento e naval), geólogos, geofísicos (todos de nível superior), técnicos de manutenção e de operação (que exigem formações técnicas). “O principal foco é na linha de engenharia e de técnico de nível médio”, diz.

Pesquisa sobre a vida do candidato
Questionado sobre a prática da Petrobras de fazer o levantamento sociofuncional dos aprovados nos concursos, Correa disse que “o objetivo é ter um quadro de empregados mais idôneo possível dentro da companhia" e que “a intenção não é eliminar candidatos”.

Em setembro passado, jornais divulgaram que um inquérito da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo concluiu que policiais civis da Divisão de Capturas, do Departamento de Identificação e Registros Diversos (Dird), teriam quebrado ilegalmente o sigilo funcional de diversas pessoas, que tiveram os dados vasculhados no período de dez anos, de 2000 a 2009, a pedido da Petrobras. Essas pessoas seriam candidatas a vaga na estatal ou em empresas terceirizadas contratadas por ela. Em nota, a estatal negou ter solicitado a quebra de sigilo.

O gerente afirma que a avaliação sociofuncional está explicitada no edital dos concursos e é feita para os que foram aprovados nas provas de conhecimentos gerais e específicos. “É uma ficha que o candidato preenche quando vai comprovar os requisitos exigidos no edital quando o processo admissional está em andamento. A empresa faz uma investigação nos órgãos oficias do governo existentes no país sobre a pessoa nas questões judiciais e no que há de oficial no mercado, como o Serasa. Não tem investigador que vai atrás de candidatos, são dados coletados que já existem no mercado”, explica.

Segundo ele, a companhia verifica se o candidato está envolvido em uma ação judicial ou em algum processo de julgamento. “É para ver o perfil das pessoas que estão vindo para a nossa organização, ajuda no planejamento e nos processos. E podemos ter uma situação inadequada como já aconteceu de identificar um foragido da Justiça quando você vai fazer uma análise dos processos dessas pessoas. É para ter um quadro de empregados dentro da companhia mais idôneo possível, a intenção não é eliminar candidatos, é identificar ações que podem ser trabalhadas, evidentemente que, se você tem uma situação em que precisa eliminar, ele é eliminado. Isso está previsto no edital”, diz o gerente.

Tecnólogos não são aceitos
Segundo Correa, não está nos planos da companhia aceitar os tecnólogos, que têm diploma de curso superior, mas não título de bacharel, já que a duração dos cursos é menor, de dois a três anos. “Quando o plano de cargos da Petrobras foi desenvolvido, com consultas a todas as áreas e atividades, o requisito tecnólogo não apareceu em nenhum dos estudos que foram feitos”, afirma. “A exigência é de formação plena, aquele bacharelado que dá à pessoa a condição de um conhecimento maior. Se com a formação plena nós precisamos complementar a educação dentro da companhia, imagina se fosse para um tecnólogo, esse tempo de formação seria muito maior”, afirma.

A Petrobras diz que complementa a formação dos profissionais porque o mercado não oferece a mão-de-obra especializada que a empresa precisa. No caso dos cargos de nível médio e técnico, os profissionais fazem um curso na própria unidade onde irão trabalhar.

Os que irão atuar em cargos de nível superior fazem a universidade que fica dentro da Petrobras. De acordo com Correa, há cerca de 1,5 mil alunos/dia dentro da universidade. "Não é só para formação e complementação, mas para continuidade de educação dentro das áreas", diz. A duração dos cursos varia de dois a 12 meses.

Terceirizados
O número de novas vagas projetado pela Petrobras não leva em conta a possível substituição de terceirizados na empresa. Em agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que estatais como a Petrobras trocassem, no prazo de cinco anos, os servidores terceirizados por profissionais contratados por meio de concurso público.

O TCU informou, na época, que na companhia havia 144 mil terceirizados e que 47 mil (33%) já trabalhavam para a estatal sem ter realizado concurso há mais de dois anos. Correa disse que precisaria fazer uma pesquisa para saber o número exato de terceirizados que prestam serviços para a estatal.

Principais áreas
A mão de obra que entra por concurso é absorvida em quatro grandes áreas da empresa, segundo Correa. A parte de exploração e produção, que contempla as operações das plataformas e nos campos de petróleo, emprega técnicos que trabalham com perfuração de poços e fazem manutenção de equipamentos, por exemplo. No nível superior são contratados engenheiros de petróleo, geólogos, geofísicos e engenheiros de equipamento.

Na área de refinaria são contratados operadores e técnicos de manutenção e engenheiros de processamento e equipamento.

Na área de engenharia (construções e obras em geral) são empregados técnicos de manutenção e engenheiros de equipamentos, por exemplo. De acordo com Correa, também vem aumentando a demanda por funcionários nas áreas de gás e energia.

Fonte: G1 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O beabá da exploração

Árvore de Natal Molhada
(ANM) - Sistema submarino (subsea) posicionado no fundo do mar, na cabeça do poço, composto por válvulas que estão conectadas ao poço e à unidde de produção na superfície. Estas válvulas controlam o fluxo de produção de petróleo e gás, do poço até a plataforma, assim como o trnasporte de líquido e gás da plataforma para o poço para serem injetados nos reservatórios.

Bacia -  Depressão na qual se acumulam rochas sedimentáres que podem conter petróleo e gás.



Broca de Perfuração - Broca é a ferramenta de corte localizada no extremo inferior da colunade perfuração, a qual é utilizada para cortar ou triturar a formação durante oprocesso de perfuração rotativa.



Cabeça de Poço ( Subsea Wellhead) - Topo do poço, no leito do mar, ao qual são conectados os demais equipamentos.

Campo de Petróleo ou Gás - Área produtora do petróleo ou do gás natural, a partir de um reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a profundidades variáveis, abrangendo instalações e equipamentos destinados à produção.


Cavalo de Pau 

 Sistema de bombeamento utilizado no onshore composto de motor e redutor. Uma coluna de hastes transmite o movimento alternativo para o fundo do poço, acionando uma bomba que eleva os fluidos produzidos pelo reservatório para a superfície. Este método de elevação artificial é o mais utilizado em todo o mundo.

FPSO 
  Floating Production Storage and Offloaging, plataforma offshore flutuante de produção, armazenamento e descarregamento de petróleo.


FSO - Floating Storage and Offloading, plataforma offshore flutuante de armazenagem e descarregamento de petróleo, geralmente interligada a uma FPSO ou outro tipo de unidade de produção.

 Manifold - Estrutura metálica apoiada no fundo do mar, que acomoda válvula e acessórios. É conectada à árvore de natal molhada, além de outros sistemas de produção, de tubulações e risers.

Mooring Leg to Anchor Pipe - Corrente de ancoragem conectada à plataforma de produção em um extremo e ao sistema de andoragem no fundo do mar em seu outro extremo.

Poço - Orifício perfurado no sono através do qual se busca obter petróleo ou gás natural.

Poço Descobridor - Como é chamado o poço responsável pela descoberta de  uma nova área potencialmente produtora de petróleo e/ou gás natural, envolvendo uma ou mais jazidas.

Poço Injetor - É utilizado para a injeção de fluidos (gás ou água, principalmente) visando otimizar a recuperação (extração) de petróleo ou gás natural, ajudando também na manutenção das condições do reservatório.

Poço Produtor - Estrutura por meio da qual se produz o petróleo e o gás natural.

Poço Horizontal - É o poço direcional perfurado com a finalidade de atingir e/ou penetrar no objetivo horizontalmente ou sub-horizontalmente. Embora mais caro, proporciona maior produtividade, uma vez que cria uma área de drenagem maior (ao longo do reservatório) para a produção de hidrocarbonetos.

Poço Vertical - Projetado para atingir os objetivos  na posição vertical, adequado principalmente em reservatórios de maior espessura.

Offshore -  Sistema de produção de petróleo no mar, com custos elevados e alta tecnologia, tendo como principal desafio a profundidade da água, do poço e as condições encontradas em altas profundidades (temperatura, pressão, corrosão, etc.) sendo um limitante para águas profundas.


Onshore - Sistema de produção de petróleo em terra. Foi o primeiro sistema a ser desenvolvido, com custos menores e engenharia menos complexa em relação à exploração submarina.

Riser - Porção vertical de uma linha de escoamento para transporte do óleo/gás natural do poço até a plataforma.


Riser de Injeção de Gás (Gas Injection Riser) - Conjunto de tubos flexíveis que conectam a árvore de natal molhada e/ou manifold de produção à superfície, na unidade de produção, permitindo o fluxo de petróleo e do gás produzido.

ROV (Remotedly Operated Vehicle) - Veículo de operação remota. Utilizado em conexções de manutenção de equipamentos em águas profundas.


Semi Submersível - Plataforma especializada na extração e/ou produção de petróleo em águas profundas.

Umbilical de Controle (Control Umbilicals) - Umbilicais para controle eletrônico ou hidráulico de sistemas no fundo do mas, tais como válvulas, bombas e compressores. estes sistemas  poderão pertencer ou estar associados a árvores de natal submarinas e/ou manifold submarino.

Sonda ou Plataforma de Perfuração  - Equipamento utilizado para perfurar poços que permitam o acesso a reservatórios de petróleo ou gás natural. Dependendo da localização do reservatório, as sondas podem ser terrestres ou marítimas. Estas são instalações sobre uma base flutuante e podem ou não ter propulsão própria.

sábado, 13 de novembro de 2010

Inscrições abertas para o II PetroPUC-Rio

O II PetroPUC ocorrerá nos dias 16 e 17 de Novembro e reunirá estudantes, professores, pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas mais diversas áreas do setor de petróleo e gás. Leia abaixo todas as informações do evento.

PALESTRAS

Durante os dois dias do evento, haverá ao todo cerca de 6 palestras com 1 hora de duração sobre os mais variados temas da indústria petrolífera.

As palestras não serão cobradas, terão direito a um certificado que estará valendo como atividade complementar para alunos da PUC e de outras universidades.

Não é necessário realizar inscrição para assistir as palestras. Entrada sujeita a capacidade do auditório.

MINI-CURSOS
Ao todo teremos 2 mini-cursos de 4 horas, com um cofee-break de 30 minutos. Para membros filiados à SPE, o valor de cada mini-curso é de R$20,00 e para não membros R$30,00.

Mini-curso I (16 de Novembro - 12-16 horas)

Tema: "Apresentação de uma plataforma de perfuração e seus sub-sistemas, incluindo uma seção especial para os equipamentos de controle de poço. Será apresentada também através de um exemplo, as diferentes etapas de um poço de petróleo."
Palestrante: Vagner Mendes (Transocean)



Mini-Curso II (17 de Novembro - 08-12 horas)

Tema: "Caracterização e Gerenciamento de Reservatórios."
(Modelos de Reservatórios, Perfilagem de Poços, Análise de Dados Sísmicos, Análise Geoestatística, Análise de Desempenho da Produção, Método Volumétrico, Curvas de Declínio, Balanço de Materiais e Simulação de Reservatórios).
Palestrante: Sergio Sousa (Halliburton)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Intercâmbio, bom para carreira

A experiência fora do país enriquece o currículo e aumenta as chances de boas oportunidades. Saiba como planejar sua viagem antes de embarcar


O estudante mineiro Jader Felipe Leme, de 20 anos, está ansioso para concluir o curso de Ciências Contábeis, na Faculdade de Extrema, em Minas Gerais, em dezembro de 2011. Mas, antes de conquistar seu espaço no mercado de trabalho, Jader tem outro desejo: carimbar o passaporte. "Sou um jovem pronto para entrar no mercado de trabalho, mas busco um diferencial. Quero fazer intercâmbio assim que terminar a faculdade para melhorar meu inglês. Pretendo me inscrever em programas de trainee em grandes empresas. E uma experiência no exterior dá outra perspectiva ao currículo", afirma. Para o headhunter Marcelo Cuellar, especialista em recrutar profissionais para empresas, fazer o intercâmbio logo ao sair da faculdade pode adiar a conquista do primeiro emprego. "Por outro lado, essa experiência poderá facilitar sua entrada no mercado de trabalho quando regressar, já que estará mais qualificado", diz o headhunter...



 Planejamento financeiro traçado e desejo de aprendizado na bagagem, Jader ainda não decidiu o mais importante: para onde embarcar. A maratona em busca do 'sonho', como ele mesmo define, teve início em março deste ano, quando ele começou a pesquisar em sites de agências de intercâmbio os preços, destinos e o tempo de permanência necessário em outro país para adquirir o conhecimento da língua estrangeira e voltar. Itens que constam de uma lista que parece interminável para muitos jovens que saem do país pela primeira vez em busca da realização profissional. "Muitos de nós estudantes e recém-formados planejamos um intercâmbio durante anos. Pesquisando a respeito dos cuidados ao assinar um contrato, encontrei pouca coisa. Busco informação onde posso. Com amigo, amigos de amigos, sites de agências de intercâmbio. Mas parece um pouco confuso".

"É importante ter calma para fazer o intercâmbio. Há muitos processos e burocracias no trâmite. Cada país tem uma exigência. Por isso é preciso estar atento aos requisitos e conversar muito com a agência que está contratando" diz a CEO do STB, Student Travel Bureau, Santuza Bicalho. A agência é uma das maiores do país em intercâmbio e atualmente os jovens profissionais entre 23 e 30 anos correspondem à maior parte dos negócios da STB. "Desde 2008 estamos percebendo um aumento desse perfil. No ano passado a procura por intercâmbio de jovens profissionais recém-formados cresceu 50%. E deve acontecer o mesmo esse ano", diz Santuza.

Intercâmbio, bom para carreira Parte II

Intercambista de primeira viagem 
 Assim como qualquer outro plano, fazer um intercâmbio requer atenção e cuidado. Mas como saber o que fazer diante de tanta oferta? Como saber o melhor destino? O idioma? Quanto economizar? Listamos algumas dicas que podem ser úteis antes de fazer as malas e carimbar o passaporte!

Objetivo
Esse é o primeiro – e o mais importante – passo para quem deseja passar uma temporada fora. Saber qual o idioma você quer estudar e qual finalidade, podem definir qual o melhor “pacote” para o seu perfil. Eles podem variar de duas semanas a seis meses de duração, no caso dos jovens profissionais que querem aprender ou aprimorar o idioma. Além disso, com o objetivo definido e sabendo de suas prioridades, você poderá escolher a agência ideal e se programar para poupar. "A primeira coisa a se fazer é pesquisar e traçar seu objetivo. Depois decidir o que vai fazer, se quer estudar uma língua estrangeira, se quer fazer estágio, trabalho", afirma Maura Leão, da Belta.

Com quanto tempo de antecedência é ideal fazer o planejamento?
"É preciso no mínimo três a quatro meses de planejamento", diz Santuza Bicalio. O processo consiste em muitas etapas burocráticas, como exigência de documentação pessoal, retirada de passaporte e entrevistas para o visto. "Os países têm exigências diferentes e nunca um pacote é igual ao outro. Isso é muito particular. Por isso estar atento aos requisitos e conversar com pessoas que já tiveram a experiência e com a agência que está contratando ajuda muito", ressalta;

Qual idioma devo apostar?
Se você não domina nenhum outro idioma, não há dúvidas: o inglês é o mais exigido no mundo corporativo. "É o idioma global utilizado em países orientais e ocidentais. Caso o profissional já tenho o inglês em bom nível, o ideal é dominar o espanhol", indica o headhunter Marcelo Cuellar;

Quais os destinos mais procurados?
"Os Estados Unidos ainda são o destino mais procurado. Geralmente Chigado e Nova York são para os cursos mais curtos, de até quatro semanas, para quem está em férias e deseja fazer um curso extra. A Califórnia indicamos para quem quer maior duração. Os cursos vão de três a seis meses", diz Santuza Bicálio. Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia também entram na lista dos mais procurados para quem deseja aprender ou aprimorar o inglês;

Quanto investir?
Os pacotes são montados de acordo com a necessidade de cada pessoa. Por isso, definir um valor é muito difícil. Além da passagem e do curso, gastos com moradia, custo de vida local (transporte, alimentação, saída com os novos amigos, eventuais passeios e presentinhos para quem ficou no Brasil) têm de fazer parte do planejamento. Uma dica é optar por países/cidades fora de temporada, quando o custo de vida é menor. Não esqueça: intercâmbio não é só turismo, passeio. O foco deve ser sempre o seu aprendizado! Por isso, muitas vezes é melhor escolher um destino menos bombado ou fora da temporada! Outra boa dica é optar por ficar em casas de família. Além da economia, você terá mais chances de exercitar o novo idioma!

Como escolher a agência?
Procure conversar com os amigos e pessoas que já tiveram a experiência para trocar informação. O bate-papo vai ajudar a definir algumas metas e também a encontrar uma agência que atenderá suas necessidades. Muitas delas oferecem como serviço o contato com outros intercambistas que estão fora ou que já terminaram o programa. Ao contratar um serviço, o importante é esclarecer todas as suas dúvidas e dizer quais são seus objetivos com o programa.

Em geral, as agências cuidam de 80% dos processos, como documentação, orientação sob o país de destino, matrícula no curso/escola, contratação de seguro saúde, lugar onde irá morar – se casa de família, apartamento alugado ou "república estudantil" –, quanto economizar e como administrar seu dinheiro fora do país. "O intercambista deve saber que está comprando pelo valor que pagou. Toda empresa séria e credenciada vai passar as informações necessárias para que o programa escolhido e contratado seja o que será entregue ao cliente", diz Maura Leão;

Nos sites sugeridos você pode encontrar algumas opções de agências para começar a planejar sua viagem! Mas lembre-se: Não tenha medo nem receio de perguntar nada! Agora é só começar a planejar para estrear no mercado com sucesso! Boa sorte e boa viagem!

 Fonte: Você S/A.

Spetro 2010 V Semana de Petróleo e Gás UFRJ