sexta-feira, 26 de julho de 2013

Leilão do pré-sal será feito entre petrolíferas de grande porte

Um grupo de grandes petrolíferas atuantes em várias partes do mundo já se articula e faz avaliação da área que será oferecida no primeiro leilão do pré-sal no Brasil em outubro, a de Libra.
Aproximadamente 20 empresas devem participar do leilão que
é o maior já feito no mundo, o número é inferior ao que havia sido previsto anteriormente por causa do porte do projeto e a necessidade de altos investimentos.
No Brasil, de acordo com especialistas, apenas a Queiroz Galvão e a Barra Energia teriam condições de participar, entretanto, com baixa participação nos consórcios, por causa dos investimentos futuros de bilhões de dólares.
O consultor de petróleo e gás Reynaldo Aloy explica que o número de participantes não será maior devido à dimensão do projeto, que tem um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões a ser pago. “Os valores envolvidos são elevados, principalmente no desenvolvimento do campo, envolvendo tecnologias complexas para a exploração no pré-sal”, disse.
Ele avalia que empresas grandes do setor, como Exxon, Shell, BP, Total, ConocoPhillips e Statoil vão concorrer. Na América Latina, poucas têm bala na agulha, mas a colombiana Ecopetrol deve participar. Empresas de Austrália, Malásia, Rússia, Japão, Índia e China também estarão presentes.
Petrolíferas chinesas
Os executivos acreditam que as quatro grandes petrolíferas chinesas — Sinopec, Sinochem, CNPC e CNOOC — entrarão de modo agressivo no mercado. Algumas atuam no Brasil, como a Sinopec, que fez parceria com a espanhola Repsol; e a Sinochem tem 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos.
Na avaliação de Aloísio Araujo, economista e especialista em leilões, as empresas asiáticas estão interessadas no acesso aos insumos, ao contrário das petrolíferas ocidentais, que objetivam o lucro. “As asiáticas querem a garantia do acesso ao petróleo. Por isso, as chinesas não estão preocupadas com os riscos regulatórios, mas é uma preocupação que as outras empresas têm”, destaca ele.
O advogado Fernando Villela, do Siqueira Castro Advogados relata que uma das maiores preocupações das empresas participantes do leilão é quanto à interferência da Petróleo Pré-sal SA (PPSA), estatal que será criada para comandar a exploração e produção entre as empresas. Ele aponta que o problema está em que a PPSA irá participar do consórcio, interferir em sua gestão, mas sem assumir riscos nem gastos, o que faz com que as empresas avaliem com cautela o interesse pela oferta.
Pelo regime de partilha, a Petrobras terá uma participação obrigatória mínima de 30% no consórcio vencedor. Mas poderá entrar em um consórcio no leilão, com uma participação maior.
Fonte: O Globo

Shell amplia projetos em águas profundas

Até o fim do ano serão mais dois campos na costa do Brasil
A petroleira Royal Dutch Shell anunciou a ampliação das atividades em dois projetos de águas profundas na costa do Brasil que podem colaborar para elevar a produção da companhia no país a partir do fim do ano. O desenvolvimento da Fase 2 na região do Parque das Conchas (BC-10), no campo Argonauta (Norte), segue dentro do prazo e deverá entrar em operação ao fim de 2013, com um pico de produção estimado em 35 mil barris de óleo equivalente por dia (boe). A Shell detém participação de 50% no BC-10, onde a Petrobras tem fatia de 35% e a petroleira indiana ONGC, de 15%.
A companhia anunciou ainda a aprovação da chamada Fase 3 de desenvolvimento do Parque das Conchas, que incluirá a instalação de infraestrutura submarina nos campos deMassa e Argonauta (Sul). A Fase 3 do Parque das Conchas (BC-10) poderá atingir um pico estimado em 28 mil barris de óleo equivalente.
"As atividades na costa do Brasil são uma parte fundamental dos planos de expansão da nossa carteira de águas profundas, um componente chave de nossa estratégia global", disse John Hollowell, vice-presidente executivo de Águas Profundas da Shell para as Américas, em nota.
A empresa informou também que decidiu realizar a perfuração de novos poços nos campos de Bijupirá & Salema, onde detém participação de 80% e a Petrobras, de 20%.
Fonte: O Globo