quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Rio e Espírito Santo armam rebelião na Câmara por royalties

Lideradas por parlamentares aliados, bancadas de estados produtores ameaçam obstruir votações, bloquear estradas e até apoiar CPI

As bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo estão armando uma estratégia de retaliação contra o governo por causa do projeto que redistribui os royalties do petróleo. Os deputados dos estados produtores, que somam mais de 10% dos parlamentares da Câmara, discutem estratégias de como obstruir votações, acionar a Justiça, bloquear estradas e até apoiar uma CPI contra o governo.

Após reunião na noite de terça-feira, eles se dividiram em quatro grupos de trabalho, cada um com papel específico para “enfrentamento da votação” de distribuição dos royalties. As equipes serão encabeçadas por parlamentares da base, incluindo a primeira vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES).

A peemedebista ficou responsável por coordenar os instrumentos regimentais que serão usados para atrapalhar votações de interesse do governo. A primeira delas, que analisaria a proposta que prorroga até 2015 a Desvinculação de Receitas da União (DRU), foi abortada após o Planalto captar o clima ruim na base, acentuado pela queda de Orlando Silva do Ministério do Esporte.

Os outros três grupos serão liderados pelo ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR-RJ), Fernando Jordão (PMDB-RJ) e pelo senador Magno Malta (PR-ES). Garotinho foi encarregado de analisar as medidas jurídicas a serem tomadas contra o projeto. Às bancadas, ele propôs entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Sugiro que todos os 56 deputados assinem o mandado de segurança”, disse o ex-governador, acrescentando que, pelos seus cálculos, a redistribuição dos royalties causaria prejuízo de R$ 23 bilhões ao estado do Rio e de R$ 25 bilhões aos municípios, entre 2012 e 2020. “Os números apresentados pelo Senado são falsos, foram tirados da internet”.

Relator de projeto que trata da partilha dos royalties na Comissão de Minas e Energia na Câmara, Jordão organizará emendas que podem ser apresentadas ao projeto que veio do Senado. Já Magno Malta fará a mobilização política e popular, em um grupo que está sendo chamado de “infantaria” pelas bancadas fluminense e capixaba.

Corda esticada

Essas estratégias foram acertadas em reunião dos parlamentares na noite de terça-feira, no plenário 5 da Câmara. O encontro, que reuniu cerca de 40 parlamentares, foi marcado por ataques ao governo. O próprio Magno Malta sugeriu bloquear estradas entre Rio e Espírito Santo, como forma de chamar a atenção do Planalto.

“A única linguagem que se entende na vida pública é corda esticada”, disse Malta. Já a peemedebista Rose de Freitas falou em sobrecarregar o projeto dos royalties com emendas. “Somos quantos? 56? Se cada um apresentar cinco emendas, vamos criar um caos dentro da Casa. E é isso que queremos fazer”, afirmou.

Em um ponto da reunião, o deputado Paulo Feijo (PR-RJ) opinou que as bancadas deveriam coletar assinaturas para apoiar a aposição na criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), caso o governo não interceda na questão dos royalties. Mas a ideia acabou considerada “precipitada” pela maioria dos parlamentares.

Comissão especial

Na tarde de ontem, um grupo levou as demandas ao líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) e solicitou uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff. “Queremos saber se daqui para frente o governo manterá a mesma posição em relação à matéria”, afirmou o deputado Hugo Leal (PSC-RJ).

“Pedimos ao Vaccarezza que o debate não se dê no calor da emoção, como aconteceu no Senado. É uma discussão que precisa de equilíbrio”, complementou Leal. Os parlamentares também vão propor ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que se crie uma comissão especial para discutir o tema.

No Rio, Petrobras produz mais que o dobro dos outros estados

OBRO  A Petrobras divulgou nesta segunda-feira (24) os números da estatal para o mês de setembro. A produção de petróleo e gás natural da empresa no Brasil e no exterior no mês foi de 2.591.624 milhões de barris de óleo equivalentes por dia (boed), resultado 2,43% acima do volume registrado em setembro de 2010. No entanto, outro dado, mais específico, chama atenção: a petrolífera produz, no Rio de Janeiro, mais do que o dobro da soma dos outros estados em que atua.
RELEVÂNCIA  Em tempos de batalha pelos royalties do petróleo, a estatística ressalta ainda mais a importância do estado no mix de produção do país, notoriamente capitaneado pela Petrobras. Do Rio de Janeiro, tanto em exploração onshore quanto offshore, são extraídos mais de 1.593.751 barris de óleo equivalente por dia (boed). Somados, os outros estados produzem 759.307 boed (o dobro seria 1.518.614 boed). O Espírito Santo, outro grande prejudicado pela lei aprovada pelo Senado, produz  353.650 boed, colocando-se como o segundo no ranking da estatal petrolífera.
BRASIL  Considerados apenas os campos no Brasil, a produção média de petróleo e gás da Petrobras alcançou 2.353.057 boed, indicando um aumento de 3,1% em relação a setembro do ano passado e de 1,3% quando comparado com agosto deste ano. De acordo com a estatal, contribuíram para o crescimento a entrada em produção de novos poços nas plataformas P-25 (Albacora), P-57 (Jubarte) e P-56 (Marlim), todas na Bacia de Campos; a retomada do teste de longa duração (TLD) do poço 1-ESS-103 (Jubarte), na parte capixaba da Bacia de Campos; e o retorno das plataformas P-20 e P-35 (Marlim), que estavam paradas para manutenção.
EXTERIOR  O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países onde a Petrobras atua chegou a 238.567 boed em setembro. O resultado indica um crescimento de 2,2% comparado com agosto de 2011. "Este aumento se deve à normalização na produção do reservatório D no Campo de Akpo, Nigéria", justifica nota da estatal.

Fonte: NN - Matheus Franco. Postado em 26.10.2011

Profissão de engenharia de petróleo é pauta em encontro universitário no Rio

Profissão de engenharia de petróleo é pauta em encontro universitário no Rio
DEBATE A função do engenheiro de petróleo nas empresas foi ressaltada durante a palestra ocorrida na última quarta-feira (19) na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro. O debate dirigido pelo coordenador do curso de engenharia de petróleo da universidade, Tiago Barbosa teve como palestrantes profissionais que atuam na área e que trouxeram as suas experiências para um auditório lotado de estudantes, que aspiram a uma vaga nas empresas da cadeia petrolífera.
CARREIRA Segundo a engenheira de petróleo Viviane Melo, as oportunidades são tantas, que ela já em sua formatura estava sendo disputada por três grandes empresas do setor. Atuando na parte de softwares, ela disse que dentro da profissão existe uma série de cargos e que cada um pode escolher aquele que tiver maior afinidade. Ivi Freitas, também avaliou como promissora a sua carreira. Para a engenheira, nenhuma profissão poderia fazê-la conhecer mais de 25 países em menos de oito anos. “Comparando com outras profissões, não vejo uma que capacite e invista em seus colaboradores de forma tão intensa e que tenha um retorno financeiro satisfatório, em um curto período de tempo, como a de engenharia de petróleo”, disse ela.
DEMANDA Geraldo Spinelli, gerente da área de escoamento da Petrobrás, esclareceu aos estudantes presentes que antes da existência do curso de engenharia de petróleo eram as próprias empresas que treinavam os seus engenheiros, das mais distintas especialidades, para lidar com as questões do petróleo. Hoje, o engenheiro que atuar na área deve saber executar tarefas multidisciplinares. “Na produção em terra, o engenheiro de reservatório é o rei. No mar já é mais complicado. É preciso conhecer várias disciplinas, entender outras áreas e desenvolver uma sinergia com outras profissões” enfatizou o engenheiro.
MERCADO Em diversas partes do país é necessário que a cada dia muitos profissionais se capacitem para atuar no setor de óleo e gás. De acordo com o Engenheiro Edson Pimentel, que já trabalhou no Rio, em Macaé, na Patagônia e em Salvador, de 2005 até hoje dobraram o número de empresas na área. Além disso, as companhias menores, que têm de dois a três campos de petróleo, estão em busca de profissionais especializados. Com o mercado aquecido, Pimentel afirmou que aquele que sair da faculdade de engenharia de petróleo pode ter grandes chances de se empregar em uma boa empresa, nacional ou de fora, e trilhar uma carreira bastante promissora. No entanto, como em qualquer outra área, tudo irá depender do empenho de cada um, disse o engenheiro aos estudantes no final da palestra no Rio.

Fonte: NN - Michele Rangel. Postado em 25.10.2011, 10:28 am

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Chega ao Rio a primeira plataforma da OSX

O FPSO OSX-1, a primeira unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de óleo e gás da frota da OSX, acaba de chegar ao Brasil. A empresa pertence ao Grupo EBX, do empresário Eike Batista.
O navio-plataforma aportou no Rio ontem depois de passar pelas praias de Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo. Atracado na Baía de Guanabara, a embarcação pode ser vista de diferentes partes da cidade e de Niterói, no Grande Rio.
Nos próximos dias, o FPSO OSX-1 passará por procedimentos obrigatórios junto às autoridades, e em seguida será deslocada para dar início a produção do primeiro óleo da OGX. Todo esse processo está sendo divulgado em um site da OGX, especialmente dedicado à primeira extração de petróleo da companhia.