domingo, 26 de abril de 2015

Petroleiras devem voltar a cortar gastos com preços baixos de óleo

Americana Exxon Mobil, a anglo-holandesa Shell, a britânica BP e a francesa Total já responderam reduzindo investimentos em 2015, de 10 a 15%


As principais empresas de petróleo do mundo podem precisar de cortes de gastos mais profundos na exploração e produção de gás natural, enquanto lutam em um longo período de preços baixos da commodity.
A expectativa é que a indústria deva revelar um outro conjunto de resultados sombrios para o primeiro trimestre do ano, quando os preços do Brent registraram média de US$55 por barril, quase a metade do nível de um ano atrás.
A americana Exxon Mobil, a anglo-holandesa Shell, a britânica BP e a francesa Total já responderam reduzindo investimentos em 2015, de 10 a 15% , atrasando e eliminando projetos e reduzindo custos operacionais.
Apesar da sensação entre alguns executivos da indústria de que os preços do petróleo podem já ter atingido seus pontos mais baixos de 2015, após um declínio na produção dos Estados Unidos, podem ser necessários novos cortes.
A Exxon, maior petroleira listada do mundo, reduziu seus investimentos em 2015 em 12 por cento, para 34 bilhões de dólares.
"Vamos ver ao longo do ano se vamos manter esse capex ou não, nós estamos vendo uma grande eficiência de custos", afirmou o presidente-executivo Rex Tillerson em uma conferência.
Analistas do HSBC destacaram BP, Chevron, Statoil e Total por terem uma "gestão agressiva olhando para explorar este período para melhorar os retornos de longo prazo."
"Algumas das empresas veem o ambiente atual não como uma ameaça, mas como a melhor oportunidade para uma redefinição da economia de projetos em mais de 10 anos", disse o HSBC, em nota. "Como resultado, nós acreditamos que as reduções de capex que estamos vendo neste ano podem ser apenas o começo."
De acordo com analistas da Jefferies, grandes petroleiras atualmente precisam de um preço médio de petróleo de 78 dólares por barril para cobrir investimentos e dividendos a partir de fluxos de caixa orgânicos. Não se espera que as companhias de petróleo cubram dividendos por meio de fluxos de caixa orgânico (excluindo aquisições), até 2017.
Dividendos
As sete grandes empresas mundiais de petróleo devem relatar um declínio nos resultados de cerca de 57 por cento, ante um ano antes, enquanto os ganhos por ação deverão cair em cerca de 27%, de acordo com a Jefferies.
Apesar da queda esperada na receita, analistas acreditam que a maioria das grandes petroleiras tendem a manter os pagamentos de dividendos a investidores após o aumento da dívida para US$ 31 bilhões no início de 2015.
A italiana Eni é a única grande petroleira que deve cortar dividendos. BP, Total e Shell prometeram manter seus pagamentos anuais, enquanto a BP e Total também estão oferecendo "scrip dividends", que permitem que os investidores comprem ações a um preço reduzido, em vez de receber o dividendo.
Fonte: Brasil Econômico

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Produção de petróleo e gás natural da Petrobras cai no Brasil

A Petrobras anunciou na quinta-feira, 16/04, que sua produção total de petróleo e gás natural no Brasil em março foi de 2,574 milhões de barris de óleo equivalente (boed), volume 1,4 por cento inferior ao de fevereiro, porém 10,4 por cento acima do volume de março do ano passado.

A produção total operada pela companhia no Brasil, incluindo a parcela operada para as empresas sócias, foi de 2,834 milhões de boed, 0,7 por cento inferior ao patamar registrado em fevereiro.

A produção de petróleo operada no país foi de 2,297 milhões de bpd, 0,9 por cento inferior à do mês anterior.

Segundo a companhia, a redução na produção em março deveu-se, principalmente, à parada temporária da plataforma P-58, que entrou em operação em 17 de março de 2014 e passa por fase final de testes e ajustes. "De 18 de março a 8 de abril de 2015, a Petrobras paralisou a produção da unidade para fazer manutenções preventivas e melhorar a eficiência operacional de alguns sistemas", afirmou a companhia em comunicado.

A produção própria de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, foi de 74 milhões de metros cúbicos por dia em março, mesmo patamar do mês anterior.

Também em março, a produção operada pela Petrobras na camada pré-sal das bacias de Santos e Campos, incluindo a parcela operada para as sócias, atingiu média mensal recorde de 672 mil barris de petróleo por dia (bpd), 0,5 por cento acima do recorde anterior, de 669 mil bpd em janeiro.

Esse volume representa um crescimento de 70 por cento em relação à produção de março de 2014.

Fonte: Exame