quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rio de Janeiro lidera investimentos nacionais e estrangeiros no Brasil

O Rio de Janeiro ultrapassou São Paulo e Minas Gerais no ranking de estados que mais receberão recursos nacionais e estrangeiros nos próximos anos. Relatório de Anúncios de Projetos de Investimentos, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, revela que, dos US$ 268,8 bilhões anunciados para o Brasil em 2010, US$ 18,45 bilhões são destinados ao Estado fluminense. Até 2013, o montante chegará a R$ 181 bilhões aplicados em projetos públicos e privados, calcula a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

A Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 e o pré-sal são os principais fatores de atração, fazendo com que o Rio passe à frente de Minas Gerais, que terá aporte de US$ 10,6 bilhões, e São Paulo, com US$ 10,4 bilhões. Os maiores empreendimentos estão relacionados à extração de petróleo na camada do pré-sal, como a fábrica do Superporto do Açu, em São João da Barra, que consumirá R$ 3,4 bilhões. A Petrobras, em parceria com a Chevron, vai investir, apenas na extração de petróleo na Bacia de Campos, outros US$ 5, 2 bilhões.

O sul fluminense concentrará grande parte dos investimentos, devido à construção da fábrica de pneus da Michelin, que custará R$ 1,1 bilhão. A Procter & Gamble vai ampliar seu centro de distribuição e a MAN América Latina aplicará R$ 150 milhões na expansão de sua unidade fabril em Resende. Ganham destaque também os s setores naval (retomado recentemente), de infraestrutura e energia, assim como o Parque Tecnológico do Fundão, que reúne empresas como a Halliburton, EMC, Siemens e Usiminas.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, os investimentos não apenas movimentam a economia, como também trazem desenvolvimento ao Estado como um todo, já que a infraestrutura, a mobilidade urbana e outros setores essenciais receberão melhorias.

– Nossa retomada socioeconômica está em andamento, com um ciclo de políticas públicas e novos investimentos que garantem a sustentabilidade desse momento. São R$ 181 bilhões em investimentos públicos e privados em diversos segmentos, como siderúrgico, petroquímico, petróleo e gás e indústria naval, além do amplo emprego de recursos no sistema de transporte, visando, entre outros objetivos, cumprir os compromissos para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Mais oportunidade para o interior

Para fomentar mais as economias regionais, a Secretaria de Planejamento e Gestão está levando o Programa Compra Mais para o interior. O objetivo é ampliar o número de micro e pequenas empresas como fornecedoras do Estado e dos municípios.

O primeiro passo será a realização, nesta terça-feira (13), de um seminário em Três Rios, para a capacitação de gestores públicos estaduais e municipais e fornecedores locais no tema licitações; disseminação do sistema de compras do governo do Estado – o Siga; realização de rodadas de negócios entre a administração estadual e empresários; mobilização e palestras.

A ideia é que as micro e pequenas empresas tornem-se fornecedores das prefeituras, que, por sua vez, poderão usar o sistema de aquisições do Estado, o Siga, gratuitamente. A Investe Rio, agência de fomento do Estado, estuda ainda financiar as empresas fluminenses , concedendo crédito, inclusive, para projetos de inovação no fornecimento.

O Rio de Janeiro compra, anualmente, R$ 8 bilhões em bens e serviços. De janeiro a maio de 2011, cerca de 500 micro e pequenas empresas passaram a fornecer ao Estado.

Fonte: R7

domingo, 11 de setembro de 2011

Curso de Operador de Sonda de Perfuração

Como funciona uma plataforma de petróleo no mar?

Existem dois tipos principais de plataformas de petróleo no mar: as de perfuração e as de produção. As do primeiro grupo servem para encontrar o óleo em poços ainda não explorados, uma tarefa nada fácil, que tem início com uma série de pesquisas geológicas e geofísicas que localizam bacias promissoras e analisam os melhores pontos para perfurá-las. Mesmo assim, ninguém pode garantir a real existência de petróleo. No fim das contas, menos de 20% dos poços perfurados são aproveitados.

As plataformas de produção, por sua vez, entram em cena quando um poço já foi descoberto e está pronto para ser explorado. São elas que efetivamente extraem o petróleo localizado no fundo do mar, levando-o à superfície, onde o óleo é separado de outros compostos, como água e gás. Dependendo da profundidade em que se encontra o poço, podem ser construídos dois tipos de plataforma de produção: as fixas e as flutuantes (chamadas de semi-submersíveis). As fixas são instaladas em águas rasas (até 180 metros) e ficam ligadas ao subsolo oceânico por uma espécie de grande "pilar". Já as flutuantes possuem cascos como os de um navio e servem para explorar poços que se localizam em lugares muito profundos. Na bacia de Campos, por exemplo, no Rio de Janeiro, o petróleo é retirado em águas que chegam a quase 2 mil metros de profundidade.

Hoje o Brasil possui um total de 93 plataformas de produção em alto-mar, entre fixas e flutuantes. Juntas, elas são responsáveis por aproximadamente 85% de todo petróleo extraído por aqui. Graças a tais plataformas, até o final desta década o país deverá ser auto-suficiente na produção do produto.

Construção refinada

Plataformas flutuantes parecem navios e extraem óleo a quase 2 mil metros de profundidade

BÓIAS GIGANTES
A plataforma flutuante fica apoiada sobre dois grandes cascos, que têm cerca de 50 metros de altura. Aproximadamente metade do casco fica sob a água, abaixo da ação das ondas, o que garante maior estabilidade. Em seu interior, elevadores dão acesso a tanques de combustível, reservatórios de água e caixa de esgoto2.

CENTRAL SUBMARINA
No solo oceânico, na boca do poço de petróleo, fica um conjunto de válvulas chamado de "árvore de natal". Ela centraliza as tubulações que penetram no subsolo em vários pontos do campo de extração. Da "árvore de natal" parte para a plataforma a mistura de gases, petróleo e água que sai do poço, numa ligação que pode ter mais de 2 quilômetros de extensão3.

ROBÔ-MERGULHADOR
Antigamente, mergulhadores vistoriavam as tubulações e os cascos. Hoje, a maior parte do trabalho de inspeção e manutenção é feito por pequenos robôs que enviam imagens para os técnicos. A limpeza interior das tubulações também é feita com monitoramento remoto4.

LANÇAR ÂNCORAS!
Apesar de não ter um pilar ligando-a ao solo oceânico, a plataforma flutuante não fica solta no mar. Âncoras especiais, encravadas 30 metros no subsolo, são usadas para mantê-la fixa. Os cabos de ancoragem são feitos de poliéster, um material flexível que ajuda a amenizar o peso sobre a plataforma. Correntes de aço são usadas apenas no começo e no fim dos cabos5.

MORADIA TEMPORÁRIA
Na área mais segura da plataforma - perto do heliponto - fica o setor de moradia. Além de alojamentos, ele tem restaurante, sala de TV ou cinema, salão de jogos e algumas vezes espaço até para uma quadra de esportes. Sempre há cerca de 150 funcionários trabalhando na plataforma. Eles passam 14 dias no mar e depois ganham 21 dias de folga em terra firme6.

SEPARAÇÃO INDUSTRIAL
A plataforma de produção se assemelha a uma refinaria. Assim que a mistura de água, gás e óleo que vem do poço oceânico chega até ela, uma série de equipamentos separa esses substâncias. A água é devolvida para o mar e o petróleo e o gás natural são mandados para a costa. Os gases não aproveitáveis queimam naquela chama eterna que se vê nas plataformas7.

CAMINHO GASOSO
O gás natural separado na plataforma é levado até a costa por meio de dutos fixados no fundo do mar e que chegam a percorrer distâncias de até 120 quilômetros. O petróleo também pode ser transportados por tubulações semelhantes, mas muitas vezes, por conta de custos, opta-se pelo uso de imbarcações para escoar o óleo extraído8.

ARMAZÉM AQUÁTICO
Quando o petróleo não segue para a costa por um oleoduto, ele é estocado em um navio que funciona como um grande armazén aquático. Com o uso de correntes, ele é fixado a cerca de 2 quilômetros da plataforma e recebe dela (por uma tubulação) o petróleo extraído. Uma vez por semana, um navio menor alivia o estoque e leva o produto para a costa.

Fonte: Tecnopeg

Petro Puc 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mais repasses em troca dos royalties

Estados não produtores aceitam abrir mão de recursos do pré-sal

Rio - Os governadores de estados não produtores de petróleo aceitam abrir mão dos royalties do pré-sal em troca de aumento dos repasses da União. Governantes querem que a igualdade entre os estados e o pacto federativo sejam respeitados. As duas condições foram apresentadas ontem como barganha. Nesse caso, eles não se oporiam ao veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao artigo da lei que garante a divisão igualitária dos recursos entre produtores e não produtores.
Os governadores foram ouvidos ontem, em audiência pública nas comissões de Assuntos Econômicos  e de Serviços e Infraestrutura do Senado, uma dia após os representantes dos estados produtores participarem de reunião na Casa. Se o acordo político for pela manutenção do veto, a sugestão é que seja aprovada nova lei que eleve o repasse para os estados não produtores como forma de acesso aos recursos extras do petróleo.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que os não produtores não querem “abocanhar” recursos dos que produzem petróleo, mas que é preciso distribuí-los melhor. Se estivesse em vigor, a divisão igual dos royalties provocaria grande perda para estados produtores, especialmente Rio e Espírito Santo.