quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Pré-sal é viável mesmo com barril de petróleo a US$ 30, diz Bendine

RIO - O presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, garantiu durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira que o desenvolvimento do pré-sal é viável mesmo com o preço do barril de petróleo cotado a US$ 30. "O pré-sal continua extremamente competitivo", frisou o executivo.
Segundo Bendine, o pré-sal permanece como foco prioritário na companhia devido ao seu custo-benefício. "É um dos grandes diferenciais da Petrobrás, pelo seu custo de produção de US$ 8", afirmou.
Em relação ao petróleo já em exploração, o executivo disse que a estatal trabalha para conviver com o preço do barril a US$ 30. Bendine admite que o atual cenário é "desafiador", mas enxerga que o período é de volatilidade e "cabe à companhia se preparar para a situação de estresse".

Reestruturação. As declarações de Bendine aconteceram em meio à apresentação do novo modelo de gestão da Petrobrás, anunciado nesta quinta-feira e antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real daAgência Estado, na quarta. A mudança na organização administrativa da estatal deverá gerar maior valor aos acionistas, a partir da redução de custos e mudanças nos procedimentos de contratação e análise de riscos. 
Para isso, a empresa vai incorporar a diretoria de Gás e Energia à de Abastecimento e também reduzirá 30% do total de funções gerenciais na Petrobrás e sua subsidiárias. Para chegar ao atual modelo, houve consultoria externa para pesquisar modelos de referência no segmento de energia, além de discussões internas em grupos de trabalho para avaliar a transição, que deverá durar até dois meses, sendo concluída em março com a realocação de funcionários e gerências. 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Governo cria programa de estímulo a fornecedores do setor de petróleo

Objetivo é ampliar fornecedores e estimular uso de conteúdo local. Programa foi instituído por meio de decreto publicado no Diário Oficial.


O governo federal instituiu por decreto um programa de estímulo à competitividade de fornecedores do setor de petróleo e gás natural, visando a ampliação da cadeia de fornecedores no país e do nível de conteúdo local dos atuais fornecedores.
A criação do Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural (Pedefor) foi publicada em decreto da presidente Dilma Rousseff no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (18).
O programa prevê que fornecedores no Brasil terão bens, serviços e sistemas de caráter estratégico incentivados pela política de conteúdo local do setor de petróleo e gás em um patamar maior que o efetivamente existente.
Além disso, serão beneficiados consórcios ou empresas que promovam no país negócios que viabilizem a instalação de novos fornecedores, investimento direto na expansão da produção de fornecedores, investimento na inovação tecnológica de fornecedores nacionais e compra de bens e sistemas no país com conteúdo local.
O programa será coordenado por Comitê Diretivo composto por representantes da Casa Civil, da Presidência, diversos ministérios, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Fonte:Globo

domingo, 17 de janeiro de 2016

Petróleo cai a menos de US$ 30,00 o barril


O petróleo fechou abaixo da barreira dos 30 dólares pela primeira vez em 12 anos nesta sexta-feira em Nova York, derrubado pelo iminente retorno do Irã aos mercados e pelas dúvidas sobre a demanda mundial.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para fevereiro caiu 1,78 dólares, a 29,42, o menor preço desde novembro de 2003.
Nessa semana, o petróleo caiu 11% em Nova York e acumula uma queda de 20,5% desde o começo do ano.
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em março, recuou 2,09 dólares, a 28,94. Como nas duas últimas sessões, o Brent fechou abaixo do WTI e dos valores de fevereiro de 2004.
"Os agentes estão antecipando-se ao retorno do Irã aos mercados, o que acontecerá em questão de dias", disse James Williams, da WTRG Economics.
"A ideia que predomina é a de que as sanções contra o Irã (por seu programa nuclear) serão suspensas durante o final de semana", acrescentou.
"Se for assim, o mercado receberá um fluxo adicional de meio milhão de barris diários", advertiu Williams com base em declarações de funcionários do governo iraniano. "É isso que os preços refletem", disse.
Às preocupações pelas exportações iranianas, que engrossarão a abundante oferta mundial, soma-se a fraca economia da China, que, segundo Williams, "não traz mais nenhum dado positivo".
O medo de menor crescimento da China, maior importador mundial de petróleo, é um fator que está derrubando os preços desde o começo do ano.
Alguns analistas acreditam que isso é o que explica a debilidade mostrada nesta semana pelo Brent, o petróleo negociado na Europa. Por outro lado, influencia menos no WTI, menos sensível a questões internacionais.
"O WTI sofre pressões específicas devido a temores cada vez mais presentes de uma recessão nos Estados Unidos devido a indicadores ruins e à desaceleração da economia mundial", disse Mike Lynch, da Strategic Energy & Economic Research. "Hoje isso preocupa muito aos investidores no mercado de petróleo", assegurou.
Nessa sexta-feira, dados decepcionantes das vendas varejistas dos Estados Unidos em dezembro e um forte queda da atividade industrial na região de Nova York pesaram no ânimo dos investidores, como mostrou a forte queda registrada em Wall Street durante o dia.

Fonte:AFP