segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Opep eleva previsão de demanda para seu petróleo em 2016

LONDRES (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) projetou nesta segunda-feira que a demanda pelo petróleo produzido pelo grupo será maior do que inicialmente estimado, conforme sustenta a estratégia de que a queda dos preços afetará a oferta do chamado "shale" dos Estados Unidos e de outros produtos rivais, reduzindo o excesso global.
Em seu relatório mensal, a Opep calculou que a demanda mundial por seu petróleo no ano que vem fique em 30,82 milhões de barris por dia (bpd), uma alta de 510 mil bpd ante a projeção anterior.
A previsão da Opep, se conformada, seria mais uma indicação que sua estratégia está funcionando. O grupo, no ano passado, recusou-se a impulsionar os preços e ainda aumentou a produção a fim de elevar sua participação no mercado.
A oferta fora da Opep deve diminuir em 130 mil bpd em 2016, de acordo com o relatório, com a produção caindo nos Estados Unidos, ex-União Soviética, África, Oriente Médio e grande parte da Europa. No mês passado, a Opep previu crescimento de 160 mil bpd.
(Por Alex Lawler)

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Petróleo de boa qualidade é encontrado na Bacia de Santos

A perfuração do terceiro poço na área de Carcará, localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos (SP), confirmou a descoberta de petróleo leve e de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal.

O poço de Carcará Noroeste está situado em profundidade de água de 2 mil metros, a cerca de 226 km do litoral do estado de São Paulo. Reservatórios possuem excelentes características, situados logo abaixo da camada de sal, a partir de 5.870 metros de profundidade. A busca constatou uma expressiva coluna de 318 metros de óleo.

Nos próximos dias, serão iniciadas operações previstas no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) para a avaliação da produtividade dos reservatórios do pré-sal por meio de testes de formação no poço 3-SPS-105, cuja perfuração foi recentemente concluída.

O Plano de Avaliação da descoberta de Carcará, aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), tem término previsto para março de 2018.

A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).


Entenda como funciona o trabalho de exploração:

Com base em informações geológicas iniciais, é realizado um estudo do fundo do mar – navios especializados fazem uma espécie de ultrassom da região. Esse levantamento gera informações que vão parar em computadores, que mostram, em imagens tridimensionais, o melhor local para se começar uma perfuração. Tudo isso para alcançar com maior grau de precisão as regiões que devem ser exploradas. Afinal, todo o processo custa muito dinheiro.

Segundo a assessoria da Petrobras, essas informações serão decisivas não só para definir um modelo de desenvolvimento da área, como também das outras acumulações do pré-sal da bacia sedimentar.

Fonte: Portal Brasil

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Petrobras reabilita SBM Offshore a participar de licitações e faz convite para concorrências

A Petrobras deu um novo passo para sair da imobilidade que tomou a empresa com o avanço da crise e os desdobramentos da Operação Lava Jato. A estatal reabilitou a holandesa SBM Offshore a participar de suas licitações e enviou um convite para que a empresa entre nas concorrências de afretamento dos FPSOs de Libra e de Sépia.

A retomada das negociações se dá depois de um longo período de distanciamento entre as duas empresas, por conta das irregularidades em contratos antigos da holandesa com a Petrobras, que a suspendeu de seu cadastro em maio do ano passado. A SBM inclusive reconheceu que houve pagamentos de propina por alguns de seus funcionários no passado para a obtenção de determinados contratos – não apenas no Brasil, mas também em Angola e Guiné Equatorial –, e chegou a fechar um acordo com o ministério público holandês para correção de conduta, com multa de US$ 240 milhões.

Em março deste ano, a SBM fechou acordos também com os órgãos fiscalizadores brasileiros, incluindo a Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), para colaborar com as investigações relacionadas à Operação Lava Jato.

Agora, a SBM afirma que continua colaborando com as autoridades brasileiras neste sentido e ressalta que, no caso da licitação de Libra, ainda depende da autorização dos outros sócios da Petrobras para a devida participação na concorrência.

Fonte: Petronoticias

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Governo vê como certa derrota sobre pre-sal, dizem fontes

Brasília - O Palácio do Planalto dá como certa a derrota no Congresso com a aprovação do projeto de lei que desobriga a Petrobras de ter uma participação mínima de 30 por cento em blocos do pré-sal e de ser a operadora única dos campos, disse à Reuters uma fonte do governo com informações sobre o assunto.
"Não vai ter jeito. O governo já sabe que não vai conseguir impedir essa derrota", disse.
O projeto que retira da Petrobras a participação mínima de 30 por cento nos consórcios a serem estruturados para a exploração do pré-sal será submetido à votação direta no plenário do Senado, sem passar por comissões, uma vez que tramita em regime de urgência.
De acordo com a fonte, que falou em condição de anonimato, lideranças do governo foram destacadas para difundir e reforçar a mensagem de que a companhia está em processo de recuperação e que terá receitas para bancar a participação mínima nos consórcios de exploração.
Ainda assim, críticos da obrigatoriedade de participação de ao menos 30 por cento nos campos do pré-sal têm argumentado que a exigência pode engessar a companhia, que tem passado por dificuldades financeiras em meio à investigação de um bilionário esquema de corrupção apurado pela operação Lava Jato.
A derrubada da participação mínima tornaria inviável também a obrigatoriedade da petroleira estatal exercer a função de operadora única, na qual toma importantes decisões sobre o desenvolvimento e produção dos poços.
Diante da derrota iminente, o governo tem mobilizado sua base aliada para tentar um meio termo.
Segundo informou o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), o governo tentará nos próximos dias emplacar a proposta de que seja mantida uma preferência à Petrobras para participação mínima de 30 por cento na exploração dos blocos do pré-sal.
Ele não deu detalhes sobre como seria, na prática, o exercício dessa preferência à Petrobras.
Como segunda opção, o governo negociará para que a definição de participação da companhia seja decidida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O projeto está na pauta de votação do Senado e pode ser votado na próxima semana. Depois, será analisado pela Câmara dos Deputados.
Fonte: Exame

domingo, 26 de abril de 2015

Petroleiras devem voltar a cortar gastos com preços baixos de óleo

Americana Exxon Mobil, a anglo-holandesa Shell, a britânica BP e a francesa Total já responderam reduzindo investimentos em 2015, de 10 a 15%


As principais empresas de petróleo do mundo podem precisar de cortes de gastos mais profundos na exploração e produção de gás natural, enquanto lutam em um longo período de preços baixos da commodity.
A expectativa é que a indústria deva revelar um outro conjunto de resultados sombrios para o primeiro trimestre do ano, quando os preços do Brent registraram média de US$55 por barril, quase a metade do nível de um ano atrás.
A americana Exxon Mobil, a anglo-holandesa Shell, a britânica BP e a francesa Total já responderam reduzindo investimentos em 2015, de 10 a 15% , atrasando e eliminando projetos e reduzindo custos operacionais.
Apesar da sensação entre alguns executivos da indústria de que os preços do petróleo podem já ter atingido seus pontos mais baixos de 2015, após um declínio na produção dos Estados Unidos, podem ser necessários novos cortes.
A Exxon, maior petroleira listada do mundo, reduziu seus investimentos em 2015 em 12 por cento, para 34 bilhões de dólares.
"Vamos ver ao longo do ano se vamos manter esse capex ou não, nós estamos vendo uma grande eficiência de custos", afirmou o presidente-executivo Rex Tillerson em uma conferência.
Analistas do HSBC destacaram BP, Chevron, Statoil e Total por terem uma "gestão agressiva olhando para explorar este período para melhorar os retornos de longo prazo."
"Algumas das empresas veem o ambiente atual não como uma ameaça, mas como a melhor oportunidade para uma redefinição da economia de projetos em mais de 10 anos", disse o HSBC, em nota. "Como resultado, nós acreditamos que as reduções de capex que estamos vendo neste ano podem ser apenas o começo."
De acordo com analistas da Jefferies, grandes petroleiras atualmente precisam de um preço médio de petróleo de 78 dólares por barril para cobrir investimentos e dividendos a partir de fluxos de caixa orgânicos. Não se espera que as companhias de petróleo cubram dividendos por meio de fluxos de caixa orgânico (excluindo aquisições), até 2017.
Dividendos
As sete grandes empresas mundiais de petróleo devem relatar um declínio nos resultados de cerca de 57 por cento, ante um ano antes, enquanto os ganhos por ação deverão cair em cerca de 27%, de acordo com a Jefferies.
Apesar da queda esperada na receita, analistas acreditam que a maioria das grandes petroleiras tendem a manter os pagamentos de dividendos a investidores após o aumento da dívida para US$ 31 bilhões no início de 2015.
A italiana Eni é a única grande petroleira que deve cortar dividendos. BP, Total e Shell prometeram manter seus pagamentos anuais, enquanto a BP e Total também estão oferecendo "scrip dividends", que permitem que os investidores comprem ações a um preço reduzido, em vez de receber o dividendo.
Fonte: Brasil Econômico

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Produção de petróleo e gás natural da Petrobras cai no Brasil

A Petrobras anunciou na quinta-feira, 16/04, que sua produção total de petróleo e gás natural no Brasil em março foi de 2,574 milhões de barris de óleo equivalente (boed), volume 1,4 por cento inferior ao de fevereiro, porém 10,4 por cento acima do volume de março do ano passado.

A produção total operada pela companhia no Brasil, incluindo a parcela operada para as empresas sócias, foi de 2,834 milhões de boed, 0,7 por cento inferior ao patamar registrado em fevereiro.

A produção de petróleo operada no país foi de 2,297 milhões de bpd, 0,9 por cento inferior à do mês anterior.

Segundo a companhia, a redução na produção em março deveu-se, principalmente, à parada temporária da plataforma P-58, que entrou em operação em 17 de março de 2014 e passa por fase final de testes e ajustes. "De 18 de março a 8 de abril de 2015, a Petrobras paralisou a produção da unidade para fazer manutenções preventivas e melhorar a eficiência operacional de alguns sistemas", afirmou a companhia em comunicado.

A produção própria de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, foi de 74 milhões de metros cúbicos por dia em março, mesmo patamar do mês anterior.

Também em março, a produção operada pela Petrobras na camada pré-sal das bacias de Santos e Campos, incluindo a parcela operada para as sócias, atingiu média mensal recorde de 672 mil barris de petróleo por dia (bpd), 0,5 por cento acima do recorde anterior, de 669 mil bpd em janeiro.

Esse volume representa um crescimento de 70 por cento em relação à produção de março de 2014.

Fonte: Exame

terça-feira, 24 de março de 2015

Plataforma P-61 entra em produção em Papa Terra, no RJ

"Iniciamos a produção da plataforma P-61, no campo de Papa-Terra, localizado no extremo sul da Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, a 110 quilômetros da costa brasileira e em profundidade d’água que varia de 400 a 1.400 metros.
A plataforma P-61, instalada em profundidade d’água de 1.200 metros, completa o sistema concebido para produzir no campo de Papa-Terra, onde está instalado também o FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo) P-63, que iniciou sua produção em 11 de novembro de 2013.
Na P-61, serão interligados 13 poços produtores, sendo o poço denominado PPT-16, atualmente em produção, o primeiro dessa plataforma. Na P-63, estão atualmente interligados cinco poços produtores e seis poços injetores. Outros cinco poços injetores ainda serão interligados.
A produção da P-61 é transferida por meio de linhas flexíveis para o FPSO P-63, que tem capacidade para processar 140 mil barris por dia (bpd) e 1 milhão de metros cúbicos (m³) de gás, além de capacidade para injetar 340 mil barris de água. O petróleo é escoado do campo por meio de navios aliviadores e o gás, excedente ao consumo nas plataformas, é injetado em reservatório adjacente ao campo.
A plataforma P-61, do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Platform), está conectada a uma plataforma de apoio (Tender Assisted Drilling) e equipada com uma sonda de perfuração e completação de poços. Essa é a primeira vez que uma plataforma desse tipo opera no Brasil. Os poços da P-61 são do tipo completação seca, ou seja, as válvulas de controle do poço ficam na plataforma, ao invés de no fundo do mar.
Os poços produtores da P-63 são conectados à plataforma através de dutos flexíveis submarinos com aquecimento elétrico conhecidos por IPB (Integrated Production Bundle) e os 18 poços de produção do campo contam com bombas centrífugas submersas.
A parte superior da P-61 ( topside) foi construída no estaleiro Keppel Fels, em Cingapura. O casco e a operação de “mating” (etapa de união do casco com o topside) foram concluídos no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
A presença de reservatórios com petróleo de graus API entre 14 e 17 e a extensa profundidade d’ água fazem do desenvolvimento do campo de Papa-Terra um dos nossos projetos mais complexos, exigindo a incorporação de diversas soluções inovadoras.
Operamos o campo de Papa Terra (62,5%) em parceria com a Chevron (37,5%). A participação da Chevron no desenvolvimento do campo tem sido importante em função de sua experiência nesse tipo de projeto."
Fonte: Fatos e Dados

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Preço do petróleo cai abaixo de US$ 50 pela primeira vez desde maio de 2009

Barril do tipo leve americano foi negociado a US$ 49,95. O Brent também bateu recorde histórico

O preço do barril do petróleo do tipo tipo leve americano caiu nesta segunda-feira abaixo de US$ 50 em Nova York pela primeira vez desde 1º de maio de 2009. O barril para entrega em fevereiro foi negociado a US$ 49,95. Depois, subiu a US$ 50,20. Já o barril do tipo Brent, negociado em Londres, com vencimento em fevereiro era negociado a US$ 54,95, às 9h55 (horário de Brasília), um recuo de 2,6%, após ter tocado patamar mínimo de US$ 54,85 o barril, também o menor nível desde 2009.
É a terceira sessão seguida de queda dos preços do petróleo. Na semana passada, a cotação do Brent caiu 5,1%. Considerando o ano de 2014, o recuo foi de 48%, o maior desde a eclosão da crise financeira global em 2008, em boa parte devido à resistência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em cortar a produção numa guerra por participação de mercado com os produtores americanos de gás não convencional.
O cartel de 12 membros, responsável pelo fornecimento de cerca de 40% do petróleo do mundo, produziu em dezembro acima de sua meta pelo sétimo mês seguido, segundo pesquisa da Bloomberg News.

Nesta segunda-feira, os mercados reagiam às notícias de que a produção de petróleo da Rússia, um dos maiores exportadores de petróleo e gás do mundo, alcançou no ano passado a maior volume da era pós-soviética, com uma média de 10,58 milhões de barris diários (bpd), uma alta de 0,7%, segundo o governo. Já as exportações do Iraque, o segundo maior exportador da Opep, em dezembro foram as maiores desde 1980, segundo informou o Ministério do Petróleo do país.


EUA AFETADOS

Há apenas dois meses, a Continental Resources, a empresa prospectora de gás não convencional fundada pelo bilionário Harold Hamm, considerou uma cotação de petróleo a US$ 80 o barril para fazer seu orçamento e planejou investir US$ 4,6 bilhões em 2015. Seis meses mais tarde, com uma queda do preço do petróleo de 29% nesse ínterim, a Continental cortou seu orçamento para 2015 a US$ 2,7 bilhões.
Já a Halliburton, o maior fornecedor de serviços de fraturamento hidráulico para empresas petrolíferas, anunciou em 11 de dezembro passado que vai demitir mil empregados. Dois meses antes, o presidente e diretor-executivo Dave Lesar afirmara que “nosso setor estará bem” se o preço do petróleo oscilar entre US$ 80 e US$ 100 o barril.
Publicidade
O boom do setor de gás não convencional nos Estados Unidos, que colocou o país mais perto do status de autossuficiência energética, será desafiado este ano como nunca antes. O preço padrão do WTI caiu abaixo de US$ 60 o barril, o crescimento da demanda está perdendo força e a Opep, que controla 40% da produção petrolífera mundial, resiste a cortar o volume produzido.

— A extensão e a rapidez da queda do preço foi uma surpresa — disse Andy Lipow, presidente do Lipow Oil Associates, uma firma de consultoria em energia de Houston. — O setor está encarando uma nova realidade.
Depois de ter alcançado o pico de US$ 107,73 em junho de 2014, a cotação do WTI caiu a US$ 51,46 nesta segunda-feira, na Bolsa Mercantil de Nova York. Este patamar está abaixo do ponto de equilíbrio que torna o investimento em gás não convencional economicamente viável em 37 dos 38 campos de exploração, segundo dados da Bloomberg. A RCB Capital Markets e a CIBC World Markets preveem que os preços continuarão abaixo dos US$ 60 no primeiro trimestre de 2015. Já Michial Wittner, da a Société Générale, prevê uma média de US$ 64,50 no primeiro trimestre e US$ 61,50, no segundo.
Fonte: