segunda-feira, 29 de abril de 2013

Galp aumenta em 51% a produção de petróleo no Brasil

A petrolífera portuguesa já tem no Brasil mais de metade da sua produção global e o crescimento no mercado brasileiro impulsionou os lucros da Galp, que no primeiro trimestre do ano subiram 51,5%, para 75 milhões de euros.
Lisboa - O grupo português Galp Energia aumentou em 51% a sua produção de petróleo no mercado brasileiro no primeiro trimestre deste ano, passando de uma média de 7,9 mil barris por dia nos primeiros três meses de 2012 para um nível de 11,9 mil barris diários no período de janeiro a março de 2013.
Desta forma, o Brasil passou a representar 59% da produção líquida da Galp, enquanto Angola reduziu o seu peso para 41%, com uma média diária de 8,2 mil barris, 6% abaixo do nível obtido no primeiro trimestre do ano passado. No total a Galp alcançou no primeiro trimestre uma produção média de 20,1 mil barris por dia, mais 21% que no período homólogo do ano passado.
Os dados constam do relatório trimestral apresentado esta segunda-feira pela companhia petrolífera portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, onde a Galp dá conta de um crescimento de 51,5% do seu lucro no primeiro trimestre, para 75 milhões de euros.
Neste período a Galp investiu glogalmente 189 milhões de euros (em linha com o registo do ano passado), dos quais 80% foram canalizados para o negócio de exploração e produção (E&P).
"O investimento no negócio de E&P atingiu os 154 milhões de euros e foi sobretudo afecto a actividades de desenvolvimento do bloco BM-S-11, no Brasil, que absorveu 74 milhões de euros no período", informa a Galp. Este investimento, explica a petrolífera portuguesa, "destinou-se principalmente à perfuração e completação de poços na área de Lula, à realização de testes de produção e ao investimento na construção de FPSO [plataformas flutuantes de produção] e equipamentos subaquáticos".
Ao nível da actividade exploratória no Brasil, na bacia de Santos a Galp prosseguiu no primeiro trimestre de 2013 com a campanha de avaliação dos campos Lula/Iracema e Iara, no bloco BM-S-11.
"No campo Lula, foi concluída a perfuração do poço Lula Oeste-2 e o consórcio realizou um teste de produção naquela área. O consórcio está actualmente a analisar os dados obtidos com as actividades de avaliação no flanco do reservatório, que visaram avaliar o potencial daquela área do campo Lula. O programa de desenvolvimento prevê a alocação de uma FPSO para a área de Lula Oeste em 2017", refere a Galp.
"No campo Iara, o consórcio perfurou o poço Iara Oeste-2 com o objetivo de avaliar esta área do reservatório, tendo encontrado reservatórios carbonáticos de boa qualidade, nomeadamente ao nível da porosidade e permeabilidade, a partir dos 5.260 metros de profundidade", descreve ainda a petrolífera portuguesa. "Ainda durante 2013, o consórcio iniciará a perfuração do poço Iara HA (Alto Ângulo), o primeiro poço horizontal perfurado na área de Iara, que se reveste de especial importância uma vez que contribuirá para definir melhor o plano de desenvolvimento deste campo", lê-se no relatório trimestral.
Na bacia de Potiguar, o consórcio em que a Galp Energia participa com 20% continua a perfurar o campo Araraúna. Este é o primeiro poço de exploração perfurado em águas profundas naquela bacia situada na margem equatorial brasileira. "O poço Araraúna situa-se numa região de fronteira, sendo por isso caracterizado de risco elevado. A Galp Energia irá testar o potencial de dois prospectos adicionais, Tango e Pitú, ainda durante o ano de 2013", nota o grupo português.

Fonte: Portugal Digital

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